LOGÍSTICA INTERNACIONAL

PORTO DE SANTOS

EXTRUTURA :

O Porto de Santos conta com uma área de 7,7 milhões de m², ficando 3,7 milhões de m² na Margem Direita e 4,0 milhões m² na Margem Esquerda. Possui 13 quilômetros de extensão de cais e um total de 59 berços, dos quais 49 públicos e 10 privados. Possui 55 quilômetros de dutos e 100 quilômetros de linhas férreas. A variação de maré é de 1,2 metros. Para armazenamento de granéis líquidos conta com uma capacidade estática de, aproximadamente, 700 mil m³; e para granéis sólidos, instalações para acondicionar mais de 2,5 milhões de toneladas.

O Porto de Santos possui uma usina hidrelétrica para abastecimento próprio, com capacidade de 15 mil kVA, buscando o excedente junto à concessionária regional.

Sua área de influência primária, que concentra mais de 50% do PIB, abrange os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A hinterlândia secundária inclui os estados da Bahia, Tocantins, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Cerca de 90% da base industrial do Estado de São Paulo está localizada a menos de 200 quilômetros do Porto de Santos.

O Complexo Portuário Santista responde por mais de um quarto da movimentação da balança comercial brasileira e inclui na pauta de suas principais cargas o açúcar, o complexo soja, cargas conteinerizadas, café, milho, trigo, sal, polpa cítrica, suco de laranja, papel, automóveis, álcool e outros granéis líquidos.

Os acessos ao Porto ocorrem através do Sistema Anchieta-Imigrantes; Cônego Domênico Rangoni; BR-101 (Rio Santos) e SP-55 (Padre Manoel da Nóbrega). Através do modal ferroviário a carga chega pelos ramais da MRS e ALL e por dutovia pelas linhas da Transpetro

Processo de Modernização do Porto de Santos

Passados quase 20 anos, a promulgação da Lei dos Portos (8.630/93, de 25/02/93) permitiu ao sistema portuário brasileiro, em especial ao Porto de Santos, a superação de grandes desafios: reformular o sistema de gerenciamento das operações e da mão-de-obra, eliminar as interferências corporativas e burocráticas e estimular a modernização de instalações e equipamentos, através dos compromissos assumidos pela iniciativa privada nos contratos de arrendamentos de áreas portuárias.

O Porto de Santos, mais uma vez, foi pioneiro ao desenhar uma nova etapa e implantar o processo de modernização de forma acelerada. Para tal, a CODESP desenvolveu um programa de arrendamentos de áreas, visando uma transformação profunda no porto: redução de seus custos logísticos, aumento da movimentação e melhoria da qualidade de serviços.

Através de negociações e da participação de todos os segmentos envolvidos com a administração e as operações, as etapas mais difíceis previstas nesse projeto foram vencidas, preparando o Porto para um salto de mais de 100% de crescimento em sua movimentação física nos últimos 10 anos, atendendo à enorme demanda do comércio exterior e dotando-o de um potencial para operar até 115 milhões de toneladas de cargas ao ano.

Desmonopolização

O modelo monopolista observado em Santos até a inserção da iniciativa portuária no complexo, tanto na administração particular (exercida pela Companhia Docas de Santos - empresa privada que administrou o porto por 90 anos), como na administração estatal (através da CODESP - estatal federal vinculada à Secretaria de Portos) provocou o monopólio das operações, inibindo a competitividade e comprometendo a redução dos custos portuários e o aumento da eficiência.

Com a promulgação da Lei 8.630/93, em 25/02/1993, a CODESP pré-qualificou operadores portuários (empresas privadas que passam a executar as atividades de embarque e descarga de mercadorias no Porto de Santos), desmonopolizando a prestação de serviços operacionais no Porto de Santos. Hoje, essas atividades são realizadas pelo setor privado em mais de 60 terminais instalados na área do porto organizado.

Mão-de-Obra

O Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO) passou a concentrar e distribuir aos operadores portuários toda a mão-de-obra necessária para a operação de cargas no Porto de Santos.

O OGMO efetua a distribuição de mão-de-obra avulsa, antes executada pelos sindicatos de classe, e, em 24 de setembro de 1997, os trabalhadores de capatazia (ex-empregados da CODESP), somando cerca de 2.290, também foram transferidos para aquela instituição. Com isso, inseriu-se um ambiente competitivo, não só entre portos, mas dentro do próprio Porto de Santos.

A partir da transferência de sua capatazia para o OGMO, a CODESP deixou a atividade operacional e passou a exercer o papel estratégico de administradora e Autoridade Portuária, cuidando do desenvolvimento e da fiscalização dos contratos de arrendamentos, objetivando preparar o Porto de Santos para um aumento substancial no fluxo de cargas, implantando medidas administrativas, visando à reestruturação da empresa, para assumir suas novas funções e partindo para dotar o porto de um planejamento adequado que permita sua expansão.

Programa de Arrendamentos

O Programa de Arrendamentos (PROAPS) viabilizou o aporte de capital privado na infraestrutura do Porto, a partir de 1995, garantindo crescimentos substanciais nas movimentações anuais de cargas. Hoje, dentro da área do porto organizado se encontram 62 terminais privados para operação de mercadorias diversas.

Porto opera 24 horas - Desde julho de 1997, o Porto de Santos opera em horário continuado (24 horas, em quatro turnos de seis horas). A medida foi essencial para atender adequada e eficientemente às necessidades de escoamento contínuo de cargas.

Fluxo de Navios – Atracaram no Porto de Santos 5.595 embarcações em 2012, representando uma queda de 4,7% em relação a 2011 (5.874 navios). Enquanto o número de embarcações vem decrescendo a tonelagem de cargas movimentadas aumenta, por conta da operação de navios de maior porte, decorrente da dragagem de aprofundamento do canal de navegação. Com isso o porto registrou um aumento de 12,22% da carga consignada (tonelagem média por navio), chegando a 19.732 t/navio, contra 17.584 t/navio em 2011.

A redução foi verificada, especialmente, no fluxo de embarcações de longo curso, cujo total diminuiu 5,9%, de 5.059 atracações, em 2011, para 4.758, em 2012. Enquanto isso, o fluxo de navios de cabotagem subiu 2,6%, de 815 atracações, em 2011, para 837, em 2012.

Com relação aos navios de passageiros, ocorreram 251 atracações, decréscimo de 18% em relação ao total verificado em 2011 (306 atracações). Entre embarcados, desembarcados e em trânsito, passaram pelo Terminal Giusfredo Santini 963.489 passageiros, 13,5% abaixo do resultado recorde observado em 2011 (1.113.640).